A economia clássica pressupunha que o equilíbrio de mercado se daria de forma espontânea.
Na Segunda Guerra Mundial, observou-se um aumento considerável do
desemprego. Em vista disso, Keynes concluiu que a solução para esse desemprego involuntário
fugia ao controle dos trabalhadores e das empresas. Nesse caso, a solução seria
o governo gastar mais na economia, de modo que a procura global de produtos crescesse,
e isso estimularia as empresas a admitir mais trabalhadores. Hayek, Mises — e
a Escola Austríaca — eram contrários.
Hayek, em seus textos, defendia o liberalismo clássico: apoio aos
mercados livres, apoio à propriedade privada e profundo ceticismo com a
capacidade dos governos de moldar a sociedade. Em seu livro, O Caminho da servidão, diz que todas as
tentativas de impor uma ordem coletiva na sociedade estão fadadas ao fracasso,
pois todo o autoritarismo atua contra “ordem espontânea” do mercado; ele só
pode ocorrer com certo grau de força ou coerção.
Tanto Hayek quanto Mises achavam que os governos autoritários não se
informam sobre o funcionamento do mercado e, nesse sentido, o planejamento está
destinado a fracassar. Mises, por exemplo, disse que o socialismo — no sentido
de planejamento central — não é viável economicamente. Não há meios racionais de
precificação dos produtos. É a “abolição da economia racional”. Só o mercado
livre, com propriedade privada, pode propiciar a base das decisões de preço
descentralizados que uma complexa economia moderna exige.
Margareth Thatcher, no Reino Unido, e Ronald
Reagan, nos Estados Unidos, praticaram o neoliberalismo, que segue os pontos
das Escola Austríaca.
Fonte de Consulta
O Livro da Economia. Tradução Carlos S. Mendes Rosa. São Paulo: Globo 2013.